domingo, 27 de janeiro de 2008

A verdadeira idade da beleza e da sabedoria. Tenho uma paixão quase que incontrolável por idosos. Uma admiração pela sabedoria que se exprime na pele, no olhar e nas palavras, mesmo que simples, sempre tão inteligentes. São eles que sabem TUDO, viram TUDO e merecem tudo o que há de melhor. Serei assim um dia, se Deus permitir, vontade de viver muitos dias ... Velhinhos e senhorinhas, as coisas mais FOFAS deste mundo, dá vontade de apertar, de ficar do lado, de ouvir infinitas historias e tantos verdadeiros conselhos. Não tem como não querer ficar velho, não que isso seja o desejo que o tempo passe rápido, mas existem tantas pessoas com medo da idade, da aparência, da saúde que se esquecem de viver. Ficar velhinho deve ser ótimo, prazeroso, e por um lado triste: Que logo logo tudo vai acabar. Difícil pensar assim, então melhor nem pensar. Tenho lembranças do meu avô, único velhinho que convivi de verdade. Ainda nova, lembro-me de cada gesto de carinho. Lembro dos cabelos alvos sendo penteados num espelho pequenino, no canto da sala. Admirava sempre. Olhava como se naquele pentear pudesse aprender alguma coisa, poderia ficar horas olhando e que não sentiria o tempo passar. Era bom. Melhor era a comida. Não tinha um dia que ele fizesse que eu não comesse quase que a mesma quantia de um adulto. Eu, um grilo de pessoa [por incrível que pareça! rs] comia muito só pelo amor que havia naquela comida. E sim, havia muito capricho, jamais encontrei sabor como os daqueles tempos. Lembro do cheiro, como se fosse ontem. Sim, tudo como se fosse ontem .....

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