sexta-feira, 19 de junho de 2009

sabor de melancia.




Eles se olharam e sorriram. Não era a primeira vez, não seria a última. Ela usava aqueles tênis cor de laranja já meio gasto e a saia jeans nova que ele tinha demorado a aceitar. Ele segurou o pulso dela quando ela tentou passar por ele desapercebidamente. Ela riu antes que os lábios de ambos se encontrassem no beijo de todas as tardes. Ele sentiu o gosto familiar de melancia e também riu, depois. Ela tinha mania de mascar chicletes e carregava o pacote, sempre do mesmo sabor, na bolsa jeans cheia de buttons. Ele tinha mania dela. E desde então, todas as tardes tinham sabor de melancia.


Um comentário:

Inamovível disse...

Ainnn que lindo vaquenhaaaaa! Isso me lembra aquele poema do Neruda: "E desde então sou..." rs.

Amei,fofo demais :)