Fazia um certo frio.
A noite estava bonita.
E por entre as estrelas, eu vi teu rosto.
Resplandecente sensação de já querer-te.
E nunca te vi.
Como se cada coisa voltasse ao seu devido lugar.
Como se eu acreditasse novamente em tudo que perdi.
E tua alma brilhava e se confundia com a mais alta estrela.
Talvez o sol, mas nem ele foi capaz de aparecer frente à tua beleza.
E nem eu fui capaz de acreditar.
E sim, você estava lá.
Meus olhos perseguiam-te silenciosamente,
para não deixar nenhum rastro e evitar com que eu ficasse querendo-te mais.
Meus olhos são os filhos da cautela.
E eu, filha do sentimento.
Até que... de repente... me deparei com os teus.
Ai, turbilhão de sensações novamente.
Eu, dentro da minha míope visão, te vi.
E você também me viu. Por alguns segundos, eu sei que tudo em volta parou.
E só você continuava brilhando.
Não existiam luzes, nem estrelas, nem pessoas, nem noite.
Apenas a tua luminescência.
E eu, ali, me perdi.
Passou-se a noite, dormiram comigo as estrelas altas.
Dormiu comigo teu rosto. Acordou comigo teu rosto.
E no dia seguinte, fez sol.
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