segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

E no dia seguinte, fez sol.

Fazia um certo frio.

A noite estava bonita.

E por entre as estrelas, eu vi teu rosto.

Resplandecente sensação de já querer-te.

E nunca te vi.

Como se cada coisa voltasse ao seu devido lugar.

Como se eu acreditasse novamente em tudo que perdi.

E tua alma brilhava e se confundia com a mais alta estrela.

Talvez o sol, mas nem ele foi capaz de aparecer frente à tua beleza.

E nem eu fui capaz de acreditar.

E sim, você estava lá.

Meus olhos perseguiam-te silenciosamente,

para não deixar nenhum rastro e evitar com que eu ficasse querendo-te mais.

Meus olhos são os filhos da cautela.

E eu, filha do sentimento.

Até que... de repente... me deparei com os teus.

Ai, turbilhão de sensações novamente.

Eu, dentro da minha míope visão, te vi.

E você também me viu. Por alguns segundos, eu sei que tudo em volta parou.

E só você continuava brilhando.

Não existiam luzes, nem estrelas, nem pessoas, nem noite.

Apenas a tua luminescência.

E eu, ali, me perdi.

Passou-se a noite, dormiram comigo as estrelas altas.

Dormiu comigo teu rosto. Acordou comigo teu rosto.

E no dia seguinte, fez sol.

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